quinta-feira, 28 de abril de 2011

Presidente bugrino prevê dificuldade para manter o Guarani na elite paulista


Em meio à euforia pelo acesso do Guarani no Campeonato Paulista da Série A2, uma voz destoava do clima festivo no Brinco de Ouro, no último domingo. E uma voz importante. Enquanto jogadores e torcida comemoravam a volta à elite estadual, o presidente do clube, Leonel Martins de Oliveira, adotou um discurso mais contido, sem se deixar levar pela empolgação do momento. Nem bem subiu, e o futuro alviverde na primeira divisão já é colocado em risco pelo próprio presidente.

- É complicado porque todos sabemos das dificuldades estruturais do Guarani. Nada se faz sem recursos e a gente até teme não conseguir se manter na primeira divisão em 2012 - afirmou o mandatário ao jornal Correio Popular.

As dívidas trabalhistas do Guarani batem na casa dos R$ 30 milhões. São aproximadamente 260 processos contra o clube em tramitação no Fórum Trabalhista de Campinas. A diretoria tem participado de audiências públicas para buscar acordos com credores. A Justiça do Trabalho também determina a obrigatoriedade de o clube depositar mensalmente R$ 100 mil em juízo e a penhora de 30% da bilheteria dos jogos.

Para Leonel, a venda do Brinco é a única saída para manter o clube financeiramente viável. Os detalhes da transação são mantidos em segredo, mas o negócio promete ser benéfico para o Bugre. O Guarani teria suas dívidas trabalhistas pagas pelo grupo de investidores, além de ter um investimento no departamento de futebol.

A preocupação de Leonel contrasta com a empolgação do goleiro Emerson, ainda na saída do gramado, após a vitória de virada por 4 a 2 sobre o Rio Preto.

- O gigante acordou, agora vai ser difícil parar o Guarani - disse o camisa 1.

A Série B do Campeonato Brasileiro, com início previsto para o fim de maio, dirá qual tom tem razão. O Bugre estreia contra o Criciúma, dia 21, em Santa Catarina.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A gente só quer ser bem tratado. Só isso


Por ora, e atendendo aos anseios da torcida bugrina, a campanha do GUARANI no Campeonato Paulista da Série A2, pelo menos dentro de campo, será deixada de lado no conteúdo deste blog por conta deste post.

Não havia como deixar a passar a vergonha (mais uma) pela qual a imensa torcida bugrina passou antes do jogo do GUARANI contra o Comercial: um monte de gente se acotovelando, apertada e em condições nada seguras tentou entrar no Brinco de Ouro para ver o jogo.

Alguns entraram na fila 45 minutos de o jogo começar e entrar no Brinco de Ouro com o jogo em andamento. Muitos sequer pagaram ingresso, já que a confusão foi tanta que o que acabou acontecendo foi uma invasão da torcida para ver o jogo.

A discussão é longa e, neste post, pretendo, mais uma vez, usar a voz do torcedor bugrino neste importante espaço para pedir somente (e acho que não estou exagerando) um tratamento mais adequado.

Porque, infelizmente, esta não foi a primeira vez que isso aconteceu. E, se depender da capacidade de gestão da atual administração, também não será a última. Aconteceu durante a Série C em 2008, na Série B em 2009, na Série A em 2010 e vai continuar acontecendo todas as vezes em que o GUARANI fizer partidas importantes com públicos expressivos.

No jogo do “empurra-empurra”, para tentar achar de quem é a culpa, a atual administração vai culpar a torcida, que comprou ingressos em cima da hora, mesmo que eles estivessem sendo vendidos desde a última 4ª feira, e que também chegou em cima da hora. No site oficial, inclusive, numa linha discreta de uma matéria, foi feito um pedido para que o torcedor chegasse antes e evitasse filas.

Levou um tempão até este público se acomodar (Foto: Planeta Guarani)

Só que, de longe, a culpa não é da torcida.

É óbvio que quem chega em cima da hora tem que arcar com o ônus desta decisão, mas o que não pode é gente ficar quase 1 hora na fila para adentrar a um estádio de futebol enquanto ele está, no máximo com 50% de sua capacidade tomada! E o pior: com a própria vida em risco.

Depois, a gente tem que ouvir os chôrôrô do presidente e seus vices-presidentes dizendo que ações com a torcida não têm dado certo, que o retorno para o clube tem sido baixo…

Tratem de tratar a gente com mais respeito, profissionalismo (e para isso não precisa desembolsar um centavo a mais) e segurança que as coisas mudam rapidinho.

sábado, 16 de abril de 2011

Fora de casa, Guarani empata com o Comercial e se mantém na liderança


Bugre segue invicto na fase decisiva da Série A-2 e se aproxima do retorno à elite do futebol paulista.

Buscando o retorno à Série A-1, o Guarani empatou em 1 a 1 com o Comercial, neste sábado, em Ribeirão Preto. O resultado mantém a invencibilidade das duas equipes no Grupo 3 da Série A-2 e deixa o Bugre cada vez mais próximo da elite paulista.

Mal o árbitro Cleber Abade deu início à partida e os torcedores do Comercial já comemoravam. Aos quatro minutos, o atacante Marcelo Soares abriu o marcador para os donos da casa. Mas, nos acréscimos do primeiro tempo, o bugrino Fabinho balançou a rede para igualar o placar, que não se mexeu na etapa complementar.

As duas equipes voltam a se enfrentar no próximo sábado, às 16h, em Campinas. Com sete pontos, o Guarani está na ponta do Grupo 3, dois pontos a frente o adversário deste sábado. Líder e vice-líder garantem vaga na Série A-1 do estadual em 2012.

Onde os fracos não têm vez


É claro que o GUARANI não conquistou seu acesso para a Série A1 de forma matemática, mas ele está bem encaminhado, especialmente porque temos dois jogos em casa e, talvez, vencendo apenas um deles seja possível conquistá-lo.

E esta boa campanha até agora é um exemplo de como deve ser encarada uma Série A2 do Campeonato Paulista.

Em primeiro lugar, entra em campo a vontade e a disposição. Não é aquele modelo de A2 de antigamente, onde zagueiros botinudos, atacantes pesados e ruins de bola, que ganham na força do zagueiro, mas sim uma forma de jogador bastante concentrada , ligada e, acima de tudo, com muita raça.

A técnica é importante e fundamental, mas a concentração, atenção e disposição são tão vitais quanto.

E o modelo de competição faz com que essas atribuições sejam necessárias sempre: mesmo após uma primeira fase, que pode ser brilhante ou não, na segunda fase zera-se tudo e começa-se um novo campeonato. Ou seja: são 25 jogos em que a atenção deve estar presente o tempo todo.

A experiência é fundamental. Só que não me refiro àquela experiência de jogadores rodados, com passagens por inúmeras equipes e em competições dos mais altos escalões. É necessária experiência na própria Série A2 ou até mesmo em divisões menores ainda.

Esta experiência não se restringe aos jogadores. A comissão técnica também, se possível, precisa ser rodada neste tipo de competição.

O time, também, precisa ser organizado. De nada vai adiantar um time concentrado, com jogadores e comissão técnica experientes, mas que não se conhecesse em campo ou se conversa durante o jogo.

Por apresentar tudo isso é que vejo o GUARANI com boas chances de sacramentar seu acesso nos próximos 2 jogos em casa.

Não que tenhamos sido brilhantes neste campeonato (em alguns momentos fomos, mas a transpiração e a entrega foram exemplares), mas juntamos muitos destes atributos ao longo dos jogos até aqui e é por isso que o GUARANI está com a mão no acesso.